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| ANAIS - VII FórumNEPEGde Formaçãode Professores deGeografia
colocaçãonos remete a pensar o currículodentroda escola como conformação
de ideologias edeummodelode educaçãopreviamente estabelecido, pordeter-
minados grupos sociais.
No casodo currículodeGeografia, entendemos ser importantepartir da
formaçãodoprofessordestaárea.Tendendoemvistaque tal ator éfiguraemble-
máticanadefinição e constituiçãodesse currículo, jáquenecessitamos “[...] ten-
tardesmistificaroquantode ideológico [existe]nopróprio trabalhopedagógico
enoconjuntodas atividadesdocotidianoescolar.” (PONTUSCHKA, 2007, p.
73, et al).
Nessecontexto,diferentesconcepçõesdecurrículoorientamaaçãopeda-
gógica, principalmente, noque se refere aodocentedaGeografia.
Historicamente, o currículo tem sido tratadopordiferentes correntes te-
óricas, sendoconcebidoemperspectivasdivergentes,porém,quedialogamentre
si.No casodas teorias tradicionais, o currículo é compreendido apartir deuma
visão técnica. Apesar do progressivismo apresentar meios diferenciados para a
educação respeitando as particularidades de cada discente, ainda se constitui
como tradicional, pornão sepreocupar emquestionar a sociedadevigente.
Ocurrículoé simplesmenteumamecânica. [...]Numaperspectivaqueconsidera
que as finalidades da educação estãodadas pelas exigências profissionais da vida
adulta, o currículo se resume aumaquestão técnica. (SILVA, 2004. p. 24)
Segundo as teorias tradicionais, ohomem a ser formado era aquele cujas
características não fossem a de questionar, criticar,mas simde adequar-se à rea-
lidade existente.Oquenos faz relembrar os apontamentos deApple eGiroux a
partir dofinal dos anos de 1980, noBrasil, quandonos indicavam que o currí-
culo é produzidono interior das relações nas instituições e da própria açãodos
sujeitosenvolvidosnoprocesso.Ou seja, aescolaconstrói e tambéméconstruída
apartirde concepçõesde currículo.
Corroborando com a perspectiva anteriormente abordada, a escola en-
quanto instituição social assume a função de reproduzir ummodelo de socie-
dade e oprofessor consequentemente tomadiretamente esta função atribuída à
escola. A escola nesse contextodeveria funcionar igualmente o trabalhodas fá-
bricasqueeram rápidas eeficientesnos resultados.Comoadventoda industria-
lização, osmodos deprodução iriam semodificar e aí viria consequentemente a
fragmentaçãodo trabalho. Essa fragmentaçãodo trabalhoprodutivo influencia-
riadiretamentenaorganizaçãodo trabalhona escola, fazendo comque surgisse
