VII FórumNEPEGde Formaçãode Professores deGeografia - ANAIS |
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Já é possível afirmar que oCaderno embraile não condiciona a inclusão
social, poisosprofessoresdoEnsinoFundamental, emgeral, nãoconseguemau-
xiliar o alunopor desconhecer esse sistemade comunicação.Os colegas de clas-
se, por sua vez, também encontram dificuldades de lidar com essematerial, ele
não é atraente aos “videntes”. AGeografia, comodito, é usuária de imagens em
grandequantidade.Transpor essasfigurasparaobraileas tornaconfusas. Pense-
mosnummapadecoordenadas geográficas embraile,mesmoque simplificadaa
variaçãodos graus, ospontos se confundem como contornodospaíses e comas
palavras inseridas.Torna-seoqueos especialistas chamamdemapa inútil.
A simples transcriçãopara ométodobraile não é suficiente para que um
aluno comdeficiência visual possa acompanhar as aulas comoos demais, neces-
sitandodemaisatenção, empenhoededicaçãoporpartesdosagentesenvolvidos
no ensinonoque se refere àproduçãodematerial adaptado.
A avaliação dosmateriais para pessoas com baixa visão, embora possam
se utilizados com professores e colegas, é para o próprio deficiente visual que
ele apresenta graves problemas, Trata-se da simples ampliação, que distorceu
os mapas, estourou
pixels
limitando a compreensão daquilo que está sendo
representado.
Poressasquestõespodemos afirmarqueapadronizaçãodemateriaisden-
tro da Cartografia Tátil como propõe alguns autores (Nogueira, 2007; Silva e
Arruda, 2009) ainda carecemde estudos. Adiversidade das deficiências visuais
ede indivíduos nas escolas públicas, alémdaheterogeneidadedas regiões brasi-
leiras com relação a acessibilidadedemateriais, somadas a faltade estudos sobre
o sistemahápticonãodeterminamconsensonas técnicasdeprodução. Somadas
a essa faltadeperspectivadehomogeneização, temos aindaque considerar apa-
dronização do ensino de geografia no Estado de São Paulo. Estamos lidando,
portanto, comumapadronização exponencial, de conteúdo ede forma.
Espera-sequeos resultadosobtidos atéomomento, eos futuros, atentem
para importância de políticas públicas que incorporem a organização do am-
biente escolar como sistema inclusivo e sobreo atendimento especializado, para
contribuirparauma educaçãodequalidade realmentepara todos.
Referências
AMIRALIAN,M.L.T.M. SouCegoou enxergo?As questõesdaBaixaVisão.
Educação
emRevista.
Curitiba, PR:Ed.UFPR, n.23, p. 15-27, 2004.
