Anais VII Fórum NEPEG de Formação de Professores de Geografia - page 567

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seusprópriosprojetospedagógicos, foiumpasso importante.Ao longodo tempo,
porém, essa táticadescentralizadamostrou-se ineficiente.” (SEE/SP, 2008a, s/p.).
Segundo a SEE-SP para desenvolver os componentes curriculares, além
do levantamentodoacervodocumental e técnicopedagógico, também iniciaria:
[...] umprocessode consulta a escolas eprofessores, para identificar e sistematizar
edivulgar boas práticas existentes nas escolas de SãoPaulo.Articulando conheci-
mento e herança pedagógicos com experiências escolares de sucesso, a Secretaria
pretende que esta iniciativa seja, mais do que uma nova declaração de intenções,
o iniciodeuma contínuaprodução edivulgaçãode subsídios que incidamdireta-
mentenaorganizaçãodaescolacomoum todoenasaulas. (SãoPaulo2008b,p.8)
Embora, bastante sedutor, as pesquisas recentes sobre o currículode São
Paulo (SACRAMENTO, 2007; GRANVILLE,2011; SILVA, 2012)mostram
queaconsultaaosprofessoresparaconstruçãodocurrículo foi ínfima, equeeste,
embora conduzido por renomados profissionais, a distancia entre a academia
emquegrandepartedeles seencontraeaescolapúblicaficouevidente.A super-
lotação das salas e a infraestrutura decadente das escolas não foram levadas em
consideraçãopara a elaboraçãodas atividades.
No total a redepúblicadeensinodoEstadodeSãoPaulodistribui qua-
tro cadernos do aluno por ano letivo, sendo um a cada bimestre, totalizando,
portanto, 24 livros nos oito anos escolares.Nesses cadernos tem-se todoo con-
teúdobimestral, demodoqueodoAlunopossa leva-los pra casa. Possuí apenas
atividades, dividias por tema, chamadodeSituaçãodeAprendizagem.O aluno,
portanto, já sabequandoedeque forma seráaaula seguinteeoprofessor,por sua
vez já sabe comodeverá serdada sua aula e emquanto tempo.
Aestaaltura jáépossível perceberqueas intençõesdoestado sãodepres-
crever o que deve ser ensinado sem a participação efetiva do professor, dita o
ritmo para aquele àquele que compreende efetivamente a realidade de onde le-
ciona, é técnico e linear. Segundo Silva (2012, p. 21) “ao alijar o professor da
elaboraçãocurricular, leva,muitas vezes, auma resistênciana implementaçãoou
aumadesmotivaçãonoprocesso ensino-aprendizagem”.
Dessamaneira, o currículo padronizado desconsidera as especificidades
dos alunos quemoram fora da capital paulista comoquestiona o Sindicatodos
ProfessoresdoEnsinoOficial doEstadodeSãoPaulo (APEOSP):
[...] não consideram as especificidades do nosso alunado doVale do Paraíba ao
Pontal do Paranapanema ou dos grandes centros metropolitanos. Será que al-
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