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Nesse sentido, ainda se faz imprescindível aconstruçãodepolíticaspúbli-
cas que acompanhemos processos de inclusãona escola, que respeitem e valori-
zemadiversidadedos alunos. Isso exigeque a escoladefina sua responsabilidade
no estabelecimentode relações quepossibilitem a criaçãode espaços inclusivos,
bemcomoprocure incentivaraprodução, pelaprópriaescola, demateriais e téc-
nicasparaessesalunos.Entenda-seo termoescolaaquiutilizadocomooconjun-
to diretor, coordenadores, professores e demais participantes, além da comuni-
dade envolvida.
Segundo Bordieu, o problema não reside em dar oportunidades iguais
para todos,mas emnão respeitar as diferenças de cada aluno.O sistema escolar
contribui paramanter e legitimar as situações de desigualdade social e cultural
entreos indivíduos e classes sociais, umavezque:
[...] para que sejam favorecidos os mais favorecidos e desfavorecidos os mais
desfavorecidos, énecessário e suficientequea escola ignore, noâmbitodos con-
teúdos do ensino que transmite, os métodos e técnicas de transmissão e dos
critérios de avaliação, as desigualdades culturais entre as crianças das diferentes
classes sociais. Emoutras palavras, tratando todos os educandos, pormais desi-
guaisque sejam elesde fato, como iguais emdireitos edeveres, o sistema escolar
é levado a dar sua sanção às desigualdades iniciais diante da cultura” (BOUR-
DIEU, 1998: 53).
Assim, segundoMantoan(1997)omotivoque servede sustentopela luta
da inclusão de pessoas com deficiência é a qualidade de ensino nas escolas pú-
blicas e privadas, que devem se tornar aptas para responder as necessidades de
cada umde seus alunos, sem cair na educação especial falha e suasmodalidades
de exclusão.
Considerações sobreCartografiaTátil
Apessoa comdeficiência visual, temo sentidoda visãoprejudicado, oca-
sionando a ausência ou o impedimento parcial da visão, baseando-se no diag-
nóstico oftalmológico e, mais recentemente, como o sujeito se utiliza de sua
acuidade visual e qual sentido adotadopara a leitura embraile (VENTORINI,
2009). Agregar a percepção de umD. V. para o diagnóstico desta deficiência,
foi decorrentedaobservaçãopor educadoresde alunosque, literalmente, liamo
braileao invésde tateá-lo, criandoogrupodedeficientes visuais combaixavisão
ouvisão subnormal. Sendo assim, capazesdemodificaruma concepção estática,
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