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| ANAIS - VII FórumNEPEGde Formaçãode Professores deGeografia
De acordo comSantos (2002) eCastellar (1996), aCartografia está dis-
tante das escolas brasileiras, porque grande parte das habilidades de leitura, es-
critaevisualizaçãoatravésdemeiosgráficos sãodesconhecidaspelosprofessores.
Este cenário se agrava quando relacionado aos deficientes visuais, justifica Sena
(2008p. 43):
[...] pode-se afirmar que a pessoa com deficiência visual necessita dos mapas
adaptadosnão somenteparaaaprendizagemdeconceitosdeCartografiaouGe-
ografia, mas tambémna orientação, namobilidade e no acesso a informaçãode
qualidade em espaçospúblicos.
Há um consenso entre os autores pesquisados de que osmapas táteis de-
vem ser limpos e claros, para facilitar o tato.Muitas vezes os símbolos de cada
mapa dependem do material utilizado e da finalidade do mapa, ocasionando,
divergênciasquando se faladapadronizaçãodos símbolos a seremusados.
Pormeio das variáveis visuais, propostas por Bertin (1978), a qual trata
de signos e sinais abstratos que constroem a representação gráfica cartográfica,
pode-seexpressarde forma lógicaeestéticaqualquer fenômenoda superfície ter-
restre. Apartir deste estudo, Vasconcellos (1993) propôs a adaptaçãodos com-
ponentes visuais, transferindo estas características àpercepção tátil.
Segundo o que é proposto por Bertin, ummapa pode conter oito vari-
áveis visuais: as duas dimensões do plano (x e y) e as seis variáveis da terceira
dimensão (z): tamanho, valor, granulação, cor, orientação e forma e cada uma
destas pode transcrever um componente da informação. A graphique exprime
assim as relações entre estas três componentes (BERTIN,1977, p. 186).
Avariável de informação– as duas dimensões doplanona cartografia vi-
sual, são trêsnaexpressão tátil: osdois componentesde localização, xey, ea ter-
ceiradimensãoquedávolumeaomapaparaacompreensão tátil, esta substitui a
cor, que se torna justificável quandouma representaçãopretende atender alunos
com baixa visão e os videntes. O fenômeno representado é a quarta dimensão
percebida atravésdo tato.
Quando seproduzummaterial adaptadodeve-se refletir sobreoque será
representado, para quem é omaterial, emquemomento será utilizado e que re-
sultados são esperados (CARMO, 2009), afimdeguiar a suaprodução.
Destaca-se, sobretudo, como principal elementode qualquer adaptação,
oretorno(
feedback
)dousuáriocomonorteadornasdecisões relacionadascoma
produçãode representações gráficas táteis, tornandoaproduçãoeficaz.Este fato
tem sua relevância proporcional a sua dificuldade, pois as características indivi-