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| ANAIS - VII FórumNEPEGde Formaçãode Professores deGeografia
Brasil, tantopor faltade fontes edadosparaos autoresde livrosdidáticos, quan-
toporqueos livros eram elaborados foradopaís e,muitas vezes, traduzidos sem
uma adaptação a sua realidade” (p. 166).
A esse respeito, julgamos ser relevante acrescentar o posicionamento de
SousaNeto (2000) sobreasfinalidadesdaeducação,maisespecificamente, sobre
apresençados livrosdidáticosnessecontextoque sebuscavaconstituiraunidade
e anacionalidade, esse enfatizaqueos livrosbrasileiros eram elaborados,
[...] àmododosmanuais franceses, que lidopelos brancos de umpaísmajorita-
riamente não branco, tinha por finalidade formar alguns poucos senhores para
falar a todos oque se conceberia, às custas do exercícios do favor ouda chibata,
emverdadenabocadaselitesedaquelepovinhomaisoumenosmiúdoquehabi-
tava este imenso everdepaís (p. 35).
Combasenessa colocação esse autor levantaumquestionamento impor-
tante sobre a funçãoda escolanessemomento: “Se a ideia era criarpor intermé-
diodo ensino aunidadedanação, porque as elites afastaramda escola a expres-
siva maioria dos habitantes deste vasto território, que era, emmuitos lugares,
vazio?” (p. 35).
ComesseapontamentoSousaNeto (2000) colocaemxequeodebateen-
tre oposicionamentodeRocha (1996) eVlach (1988) que estamos aqui abor-
dandonessadiscussão. Emnosso entendimentoSouzaNeto (ibidem idem) traz
uma contribuição que merece espaço nesse debate, ao defender que não seria
somente a escolaquem comandava adisseminaçãodas ideias nacionalistas, uma
vez que amaioria da população brasileira não chegava aos bancos escolares no
período imperial e, queessanãoparticipação implicavaocontroledaelitedomi-
nante, que estava a frentedequase tudo, inclusiveda escola, determinadooque
era serbrasileiro e serum cidadãopertencente àpátria (SOUSANETO, 2000).
Logo, podemos compreenderque a escola:
[...] foi fundamental para adivulgaçãodessa ideologiapatrióticadaunidadena-
cional, porém insuficiente, postoque anosso ver, foramnecessárias outras insti-
tuições e práticas sociais, amaioria delas baseada nomandarinato dos senhores
de terra, noofíciodos padres eno controle estatal feitopelos bacharéis.Quanto
tudo isto falhava, então funcionava aGuardaNacional criada
àmoda francesa
,
que enfim, conseguia estabelecer sue
pacífico consenso
(SOUSANETO, 2000,
p. 36).
