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| ANAIS - VII FórumNEPEGde Formaçãode Professores deGeografia
Apartir da problemática acima, entende-se que oprocessode aceleração
da globalização é umdos conteúdos geográficos que estimulará os alunos a en-
tenderoporquêde seaprenderGeografia, poisos colocamapardas transforma-
çõesque acontecem em todas as escalasdemaneira integrada.
Nesse contexto, ensina-se geografia para fazer comquemeninos emeni-
nas compreendam a interação entre sociedade enaturezano espaçogeográfico e
possamdestamaneira se tornar agentesdoespaço, caracterizando-secomocida-
dãos, comobem apontamOliveira (1998) eVesentini (1999). Essa colaboração
dáumnovousoparao ensinodeGeografia, que ao sermediado comoobjetivo
acima valoriza o fenômenoda consciência fazendo comque amera observação
do espaço de vivência ao encontrar-se com as categorias de ensino, estimule o
pensamento crítico para a construção dos conceitos geográficos e sua percep-
ção no espaço, que se torna geográfico. Neste processo a geografia incorpora-
-se aomovimento pedagógico libertário (CHAUÍ, 1989), saindo dos moldes
daGeografia Tradicional, do recurso damemorização de categorias para o en-
tendimento de conceitos pré-estabelecidos, e constituindo-se em umaGeogra-
fia Crítica, integrada aométodoConstrutivista de ensino-aprendizagem, pelo
qual o aluno executa a ação sobre o objeto do conhecimento, já que o social,
pormeiodoensinodageografia, passoua ser fundamental paraa construçãodo
pensamento(VIGOTSKI, 1998).
GeografiacríticaxEducação tradicional
Infelizmente a conjunçãoGeografiaCrítica eConstrutivismo, originada
nos anos 60, não sevê com frequêncianasEscolas atualmente.Algunsprofesso-
res utilizam-se da teoria construtivista, mas as raízes da Geografia Tradicional
sãoprofundas e resistemde serem retiradas, pois sefincamnométodo analítico
dedutivo-indutivopresente naEducaçãoTradicional. Assim, o ensino-aprendi-
zagemda ciência geográfica formata-se comodecorativo, noqual a reprodução
dos conceitos, quando são aplicados, sedápormeioda supervalorizaçãodame-
moria do aluno, que, por sua vez, se vê dependente do professor para alcançar
um desenvolvimento cognitivo capaz de apresentar apenas boas notas no final
de sua formação.
Nessesmoldes o objetivo de sair do pensamento empírico para o pensa-
mento científico, apartirdo espaçodevivênciado aluno apresentadificuldades,
pois não hámediação do professor com o aluno, essa relação se torna distante
e fria quando encarasse o professor comomero reprodutor de conceitos e alu-