Anais VII Fórum NEPEG de Formação de Professores de Geografia - page 227

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SegundoHadji (2001), o julgamento está semprepresenteno atode ava-
liar. Pormais objetivos que sejamos instrumentos de avaliação, há sempre uma
subjetividade inerente em tal ação. Oprofessor constrói expectativas diante do
aluno a ser avaliado e espera algodesse aluno:
É emnomedessedever-ser, que representao conteúdodeuma expectativa espe-
cífica, que ele julga (aprecia) odesempenho atual do aluno.Avaliar não consiste
pois, simplesmente, emmedir esse desempenho, mas em dizer em quemedida
eleéadequadoounãoaodesempenhoque sepodiaesperardessealuno (HADJI,
2001, p. 45).
Nesse sentido, há uma expectativa que não é a expectativa do professor
apenas; é o que a instituição espera do aluno, considerando-se a concepção
de educação, a estrutura curricular, o projeto político pedagógico, dentre ou-
tros. Logo, oprocesso avaliativo insere-se num contextomais amploque é oda
própria instituição “Para a avaliação, não há legitimidade senão institucional”
(HADJI, 2001, p. 45).
DeacordocomLuckesi (1996)aavaliaçãoquesepretendereguladoradas
aprendizagensdeve serumaavaliaçãodiagnóstica, jáque indicaocaminhoqueo
professordeve trilhar junto ao aluno:
Paranãoserautoritáriaeconservadora, aavaliaçãoterádeserdiagnóstica,ouseja,
deverá ser o instrumentodialéticodo avanço, teráde ser o instrumentoda iden-
tificação de novos rumos. Enfim, terá de ser o instrumento do reconhecimento
dos caminhos percorridos e da identificaçãodos caminhos a seremperseguidos.
Aavaliaçãoeducacional escolar como instrumentodeclassificação [...]não serve
emnadaparaa transformação; contudo, éextremamenteeficienteparaaconser-
vaçãoda sociedade, peladomesticaçãodos educandos (LUCKESI, 1996, p. 43).
Assim sendo, Luckesi (1996) defende a avaliação diagnóstica como um
meiode se identificar as deficiências na aprendizagemdo aluno e com isso, per-
mitir intervençõesquepromovamo seuprogresso.
A avaliaçãodiagnóstica, inerente à avaliação formativa, é necessária para
que as adequações, intervenções e correções sejammais objetivas e favoreçam
tomadasdedecisãomais eficientes, rumo à transformaçãodo aprendiz.
O atode diagnosticar, pormeioda avaliação, os limites dodomíniodos
alunos sobre determinado conhecimento, para subsidiar o fazer pedagógicodo
professor, não é comumnas práticas avaliativas. As ações doEstado e as avalia-
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