Anais VII Fórum NEPEG de Formação de Professores de Geografia - page 225

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Naperspectivadaavaliação formativa (HADJI, 2001)oerroépercebido
nãocomouma faltaa ser reprimida,mas comouma fontede informação impor-
tante tantopara oprofessor, quantopara o aluno. Compreender os erros torna
possível criar condições para sua superação (HADJI, 2001). Questões muitas
vezes aparentemente simples para o professor podem revelar-se um tanto com-
plexas ou ambíguasparaos alunos, daí a importânciade se realizar intervenções
que promovam os ajustes necessários à aprendizagem e fazer do erro ummeio
“para tornar a avaliaçãomais informativa e imaginarmelhor as condições didá-
ticas e/ou pedagógicas adequadas para a superação do obstáculo revelado pelo
erro” (HADJI, 2001, p. 98).Neste sentido, umaavaliaçãoefetivamente formati-
vadeve conduzir auma ação corretiva eficaz.
A reflexão sobre a práxis avaliativa por parte do professor permite, tam-
bém, identificarum eventual problemade comunicação, ou seja, perceberpossí-
veis falhas quando da elaboração dos enunciados que compõem o instrumento
de avaliação (HADJI, 2001).As questões nãopodemdarmargem às dúbias in-
terpretações; devem ser claras tanto na contextualização, quanto na solicitação
que está sendo feita ao aluno (HADJI, 2001). A ausência de clareza nos enun-
ciadosdos instrumentos–provas, questionários, simulados etc–utilizadospara
avaliar o aluno, bem como o seu atomecanizado, gera dificuldades exatamente
nas situações emquenão é concedido ao alunoodireitode errar, conforme res-
saltaHadji (2001):
As práticas avaliativas apresentam-se fundamentalmente como trocas de ques-
tões e de respostas, no decorrer das quais se instaura um certo número demal-
-entendidos sobre, noquediz respeito ao aluno, o sentidodasquestões e sobreo
que oprofessor espera. Para o alunopode ser difícil distinguir osmomentos de
aprendizagem e osmomentos de avaliação. Dessa forma, o erro é permitidono
primeiro caso. Sancionadono segundo (HADJI, 2001, p. 36).
Alémdaquestãodonãodireitoaoerro, outra funçãodesempenhadapela
avaliação é a de servir como instrumento disciplinador (LUCKESI, 1996). É
quandooprofessorutiliza-sede seupoderdemensuraroaluno, paraestabelecer
que é ele, oprofessor, quemmanda. Emmuitos casos, se a equipe gestorada es-
colanãofizer algum tipode intervenção, o aluno seráhostilizadopeloprofessor
e se sentirá obrigado a acatar as suas normas,mesmoque estas estejam em total
dissonânciacomoque sepressupõe serumaposturaéticaporpartedoprofessor.
Assim
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