Anais VII Fórum NEPEG de Formação de Professores de Geografia - page 222

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certo incômodo, tantoparaalunosquantoparaprofessores.Paraambos,oatode
avaliar é consideradoumprocesso complexo edifícil.
As dificuldades enfrentadas pelos professores durante o processo ava-
liativo ocorrem concomitantes à angústia vivenciada pelos alunos que, em sua
grande maioria, entendem a avaliação enquanto forma de castigo ou punição.
Hoffmann (1998), emencontros comprofessores, pediaaelesqueassociassema
palavraavaliaçãoàalgumpersonagemeas respostas revelavamumavisão sempre
negativa: “É um jogo interessante, cujas respostas revelam imagens de dragões,
monstros de várias cabeças, guilhotina, túneis escuros, labirintos e carrascos...”
(HOFFMANN, 1998, p. 13-14).
A legislação brasileira contribuiu, de algumamaneira, para que a avalia-
ção tenha sidoo focodaatençãodosprofissionaisdaeducação.ApesardaLei de
Diretrizes eBasesdaEducaçãoNacionalNº9394/96 (BRASIL, 1996) conferir
autonomiaàsescolasquantoaoprojetopolíticopedagógico, valorizandoasdife-
renças e incentivando agestãodemocrática, poroutro lado, ela atrelaoprocesso
educacional, em todososníveis, à avaliação externadesenvolvidapeloEstado.
Nesteartigo, considera-sequeaavaliaçãodeva serumprocessoquepossa
subsidiar a aprendizagem do aluno e não constituir-se de verificações pontuais
deaprendizagem, apartirde instrumentosquepriorizamamemorizaçãodecon-
teúdos, em detrimento de habilidadesmais complexas, que desafiem o aluno a
pensar e abuscar soluçõesparaosproblemas enfrentadospela sociedade.
NoâmbitodaGeografiaEscolar, considera-sequeoprocessodeavaliação
devedirecionar-separaaconstruçãodoraciocíniogeográficodoaluno,quepode
sertraduzidocomoaprendizagemefetivaemGeografia,duranteoensinobásico.
Neste sentido, o foco deste artigo é a avaliação formativa da aprendizagem em
Geografiae suacontribuiçãoparaa formaçãodo raciocíniogeográficodoaluno.
Resultadosediscussão
Numaperspectivaqueseopõeàeducaçãobancáriaepartedopressuposto
dequeoalunoéum sujeitoativodoprocessodeaprendizagem(FREIRE,2004),
a concepção de avaliação formativa insere-se na própria atividade de aprender,
mediadapeloprofessor (HADJI, 2001; LUCKESI, 1996).Ou seja, a avaliação
não tem outra razãode ser se não estiver a serviçoda própria aprendizagemdo
aluno (DEMO, 2004;HADJI, 2001;LUCKESI, 2011).Para tanto, oprofessor
que busca construir um processo avaliativo que promova a aprendizagem – e
quenão esteja restrito à umamera verificaçãodamesma–, deve ter consciência
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