VII FórumNEPEGde Formaçãode Professores deGeografia - ANAIS |
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Assim, emergeanecessidadedepráticas educativas emovimentosque re-
presentem forças sociais a favor das condições qualitativamente adequadas do
pontode vista socioambiental. Isso é umdos elementos que orienta e justifica a
realização de uma segunda trilha interpretativa, no sentido de preparar o olhar
dosparticipantesda6ºDescidaEcológicadoRioUru.
As trilhas interpretativas foram fundamentaispara fomentar apercepção
eaenvolvênciaambientaldos alunos edos coordenadoresdaatividadeem torno
do Rio do Uru e de forma mais ampla, também do
Bioma-Território Cerra-
do
(CHAVEIRO, 2008). Por isso, além da trilha nas margens do Rio Uru, a
trilha com foco no Cerrado (Foto 3), baseado em aspectos como a formação
fitofisionômica, processos de apropriação e disputa, a territorializaçãodo
agro-
hidronegócio
e os desdobramentos na vida eno trabalhodos
Povos Cerradeiros
(MENDONÇA, 2007).
3
Foto3:Alunoseprofessoresemcírculonumadasestações (parada)da trilha
interpretativa sobreoCerrado.
Autor:GONÇALVES,R. J. de.A. F.; 2013.
3. Compreende-seessespovos (indígenas, quilombolas, camponeses, trabalhadoresda terrapropriamente tradi-
cionais, etc.) comoaquelesquehistoricamenteviveramevivemnasáreasdeCerrado, constituindo formasdeuso
e exploraçãoda terra apartir das diferenciações naturais-sociais deprodução ede trabalhomuitopróprias e em
acordo comas condições ambientais, resultandoemmúltiplas expressões culturais. Entretanto, oqueosdiferen-
ciaalémdaperspectivade semanteremna terra, constituindomodosde ser edeviver éaaçãopolíticanadefesa
da terrade trabalhoeda reformaagráriaapartir dediversoselementos, dentreeles aculturacomodeterminante
deaçõespolíticasde cariz revolucionária. (MENDONÇA, 2007, p. 27).