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| ANAIS - VII FórumNEPEGde Formaçãode Professores deGeografia
cepção, quepermite enxergar aspaisagens, os espaços eos territórios “trilhados”,
analisados e estudados.
Dessa forma, as trilhas interpretativas que descrevemos neste artigobus-
caram aproximar e intercambiar os estudantes e professores trilheiros aos sabe-
res, experiências, memórias, sensações e olhares sobre os lugares estudados. As
trilhas forampostas emprática como alternativa pedagógica capaz de propiciar
aos estudantes, professores e/ou qualquer participante, uma visão integrada à
educação ambiental. Ela também faz parte de um eventomaior, a 6º Descida
Ecológica do Rio Uru, que contou com apoio e participação de instituições
como a PrefeituraMunicipal deHeitoraí, Escola EstadualDomAbel, Associa-
çãodosGeógrafosBrasileiros -AGB–SeçãoGoiânia,UniversidadeFederal de
Goiás eTVUFG.
O evento é também um ato político aglutinador de ações educativas na
relação comoRioUru eoCerrado. Pode-sedizer, também, que as trilhas inter-
pretativas constituem-se como importante recursometodológico no ensino de
geografia e nas práticas de educação ambiental. Cria possibilidades de ensino e
criatividadeque suplantamos limitesda salade aula.
Neste sentido,oartigoéresultadodasexperiênciasvivenciadasnoâmbito
das trilhas interpretativas realizadasno contextodepreparaçãopara aVIDesci-
da Ecológica doRioUru, emHeitoraí/GO. Ametodologia usada baseia-se na
pesquisa qualitativa, com ênfase em técnicas como entrevista, diáriode campo,
observaçãoparticipante e levantamentobibliográfico.
A trilha interpretativa possui uma especificidade didática. Éum ativida-
de simples que basicamente se resume a levar o grupo a caminhar um trecho
de aproximadamente 1 km com cerca de cinco pontos de parada, chamadas de
estação. Cada estação cumpre uma pauta pedagógica, temática e corporal. Isso
significa que nas paradas faz-se a apresentação do tema – pode ser um proble-
ma socioambiental, uma categoria geográfica ou científica, ou uma referência
espacial–, previamente organizada. Utiliza-se também da posição geográfica e
do corpo emdescansopara realizar reflexões e chegar ao conhecimento, oque é
chamadode vivência, potenciadora da envolvência crítica daqueles que partici-
pamda trilha.
Os sentidospolíticosdo rio
Festiva. Pedagógica. Política. Paradigmática. Documento – e testemu-
nho. Sãopredicativosquepodem ser lançados aoavaliar aVIDescidaEcológica