VII FórumNEPEGde Formaçãode Professores deGeografia - ANAIS |
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da visão do todo, do sistema de ensino, da educação, acabando por impedir a
compreensãodapráticadocente.Oque faltaéumaaçãoconjuntadaescola, uni-
versidade, professores e estagiários fazendo uma análise das condições da edu-
cação escolar, para preparar o estagiário para o que ele vai encontrar na escola,
diminuindoadiferença entreoque éditonas aulasde estágio eoque realmente
encontramosna escola, ou seja, entre teoria e aprática.
Épreciso compreender a realidade da escola, pois o ensinar requer refle-
xão sobre a açãopedagógica.Através dessediagnóstico épossível propor a ação,
atuação do estagiário com vistas a contribuir com a escola e o estagiárionão se
transformarnumpeso, incômodoparaosprofessores regentes.
DeacordocomPimentaeLima (2009) aaçãodoestagiárioestá ligadaao
habitus
, ou seja, “entre o indivíduo e a prática social, o
habitus
funciona como
mediação. [...] Seu estudo possibilita que se compreenda a cultura objetiva nas
práticasescolarescomomarcas sociaiseaomesmo tempo individuais”(PIMEN-
TAELIMA, 2009, p. 108).Dessa forma, o
habitus,
contribui paraumamelhor
atuaçãodoestagiário, umavezquepermite sua inserçãono jeitopeculiardecada
escola.
Conhecer a cultura escolar permite compreender as entrelinhas do co-
tidiano da escola, confirmando e verificando como as classes sociais afetam os
alunos, como se reproduzem as relações e práticas sociais.Os estagiários devem
considerar as histórias, sonhos, diferenças entre os grupos sociais.O comporta-
mentodos alunos seráde acordo com suas concepções e experiências. Adocên-
cia requer atençãoàescolae sua relaçãocoma sociedade.Opapel doprofessor é
fundamental na construçãoda identidadedocente.
Outroponto relevante para o estagiário é oprofessor do estágio,muitas
vezes consideradoúnica fonte de informação.Há uma concepçãopositivista de
ciência, emque o conhecimento é dado comopronto, acabado, não sendo alvo
de reflexão e análise.
Chaves (1999,
apud
Pimenta eLima, 2009) consideraque “a ação super-
visionada [...] deve se caracterizar tantopor formas rígidas dedireção comopor
formas flexíveis de aconselhamento.” (PIMENTAELIMA, 2009, p. 114) As-
sim, a supervisãodeve ser despidade autoritarismo, devehaver uma trocade in-
formações.Na realidade, a supervisãorequercompartilhamentodeexperiências,
aconselhamento, enfrentamentodeproblemas ebuscade soluções emconjunto.
Acaracterísticaprincipaldoestágioéa interaçãoentreprofessores, escola
e estagiários numa busca por conhecimentos e troca de experiências acerca da
práticade ensino, conferindomaiorparticipação e reconhecimentona escola.
