Anais VII Fórum NEPEG de Formação de Professores de Geografia - page 639

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série de reflexões sobre a formação de novos professores. Neste sentido, o au-
mento exponencial da cargahorária destinada aos cursos suscitou várias formas
depensar sobreaorganizaçãoedisposiçãodosestágiosao longodosanosdagra-
duação. Iniciando a partir da segundametade (geralmente no quinto semestre
letivo), instituiu-se uma ambiência de razoável reflexividade com “o que fazer”
com tantas horas de estágio supervisionado (situaçãoqueficamelhor contextu-
alizadaapartirdacomparaçãocomomodeloqueexistiaantes, noqual oestágio
estava dispostos nofinal do curso, em três anos de formação específica e umde
formaçãopedagógica, o chamado “3+1”).
ApropostadeestágiodoCampusdoSertão
OpapeldaUFALnodesenvolvimentodoestadodeAlagoaséalgomuito
forte nos variados documentos desta instituição, principalmente se considerar-
mos as assimetrias regionais que esta universidade tem que enfrentar. Concen-
tradahistoricamentena capitalMaceió, aUFALpassanosúltimos anosporum
intenso processo de desconcentração das unidades acadêmicas, com a forma-
çãode novos campi no interior do estado, comono casoda cidade deDelmiro
Gouveiaque sediaoCampus doSertão, que ainda tem ramificações noPolode
Santana do Ipanema. Esta realidade gera uma expectativa natural nas diversas
pessoas que residemnestas cidades, que buscamna universidade uma forma de
trazeroutroselementosparaadinâmicadaspequenasemédiascidadesdo sertão
alagoano, principalmente se considerarmos a pouca quantidade de centros de
formação em ensino superior nestas áreas (amaior partedeles particular). Estas
questões são apontadas tantonoProjetoREUNI comonoProjetoPedagógico
Institucional, que frisam a importância de se implementar não só o ensino su-
periorno interior dopaís,mas instituições públicas e gratuitas, voltadas paraos
interessesda sociedade comoum todo.
Na estruturação dos cursos de licenciatura (incluindo o de Geografia),
deu-se preferência pelo turno da noite, considerando que desta forma poderia
melhor adequar-se à dinâmica dos estudantes que precisam trabalhar durante
odia.Neste sentido, uma série demecanismos foi buscada para reduzir tanto a
evasão como a exclusão da universidade. Esta diferença conceitual implica em
dizer que alguns estudantes desistemdo curso (ouda escola, no casodo ensino
básico)nãoporque“evadem”no sentidoestritodapalavra,masporquenão tem
condições reais de se manterem, ou seja, são excluídos do processo educativo
formal (ARROYO, 2003).
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