VII FórumNEPEGde Formaçãode Professores deGeografia - ANAIS |
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que é o município.” (2001, p. 147). Para as pequenas cidades o município se
constitui comoum recorte importante e significativo. Entretanto, para as gran-
des cidades omesmo recorte para apreensãodosmovimentos do cotidianonão
seria amelhor escolha, para essas a escalapode ser adobairro.
Entendemos que a argumento utilizado pela autora está correto, omu-
nicípiodomuitobem ser esse recorte para dar opontapé inicial nos conteúdos
das aulas deGeografia. E que é necessário analisar o fenômeno estudado num
vaivémde escalas. Issoparanão chegarmos a explicações simplistas, desconside-
rando a complexidade do real. Outrossim, pretendemos acrescentar algo nesse
constructo.Tal propostade escalade análisepode se aproximarumpoucomais,
focalizandoos elementosdopróprio espaço escolar.
ConformePereira (2012)háumavinculação entreo espaço eo fato edu-
cativo. Para o autor, qualquer atividade humana precisa de espaço e tempo de-
terminados. Assim também o é com o ensinar e o aprender. A educação lança
mão de uma dimensão espacial e que, o espaço seja, junto com o tempo, é um
elementobásico, constitutivoda atividadede ensino.
Odesafioédepensaraescolaenquantoumespaçogeográfico.Entenden-
do assim, oprofessor terá condições de trazer o espaço escolar para salade aula.
A escola entendida como espaço/tempo próximos tanto dos discentes, quanto
docentes, podefigurar tambémna auladeGeografia.
Aqui estamos pensando o espaço, a partir de Lefebvre (2000), produto
social. Por contém relações sociais.O espaço enquanto produção, processo, di-
nâmico, enquanto elemento ativo nas relações dialéticas que estabelece com a
sociedade.Omodode produçãoorganiza as relações sociais e produz seu espa-
ço/tempo. Damesma forma que o espaço interfere, lançando possibilidades e/
ou restriçõespara aprodução e reproduçãodas relações sociais.
Paraoautorummododeproduçãopara existir e se estabelecerdevepro-
duzi seuespaço.Eomododeproduçãocapitalista feze faz isso.Eleorganizapro-
jetaessas relaçõesno terreno, eoespaço (elementonãopassivo) reage sobreelas.
A suamaneiraprodutivoeprodutor,oespaço(maloubemorganizado)entranas
relações de produção e nas forças produtivas. Seu conceitonãopode, portanto,
ser isolado e permanecer estático. Ele se dialetiza: produto e produtor, suporte
das relações econômicas e sociais. (LEFEBVRE, 2000, p. 7)
O espaço enquanto categoria ontológica, do ser das coisas, faz presente
no fenômeno educativo. Partindo dessa tese é que estamos na defesa da escola
ser encarada com espaço geográfico. Espaçoque aparece comoproduçãonunca