312
| ANAIS - VII FórumNEPEGde Formaçãode Professores deGeografia
bilateralismo,multilateralismo”.Ou seja,noaspectonacional, essencialmenteno
pós-guerra a realidade tornou semuitomais complexa.
Alémdisso:
Esse períodopós-segundaGuerraMundial foimarcadopor grandes confrontos
políticos edoutrinários: SocialismoxCapitalismo.As contradiçõesdadistribui-
ção social da riqueza e as diferenças entre países ricos e pobres geraram grandes
confrontos. A visão ingênua de ummundo onde os fatos aconteciam natural-
mente, desprovidosde ideologias ede intencionalidades, passou a serquestiona-
da (BRASIL, 1998, p. 21).
Consequentemente tem-se a abertura de umnovo contextopara aGeo-
grafiaapós adécadade1970.Em linhas geraispode-sedizerqueospressupostos
básicos dessa reconstrução do saber geográfico consistiram e consistemna ver-
tentedepensamentocritico, possibilitandonovas (re)leiturasdo espaçogeográ-
fico.Enfim, queexpliquee fundamenteàs tensões econtradiçõesdaatualidadee
principalmente apontemecanismosdemudanças.
Estemomento também pode ser considerado
um divisor de águas
para
a Geografia brasileira, momento este de grandes rupturas, culminando com a
democratização da Associação dos Geógrafos Brasileiros –AGB no território
brasileiro.
NoBrasil, omovimento de renovação do ensino deGeografia faz parte de um
conjunto de reflexõesmais gerais sobre os fundamentos epistemológicos, ideo-
lógicos e políticos da ciência geográfica, iniciado no final da década de 1970.
Podem-se situar nesse movimento alguns marcos, com a realização do 3º En-
controNacional deGeógrafos, em1978, onde sederam importantesmudanças.
(CAVALCANTI, 1998, p. 19)
Além disso, cumpre-se o dever de informar que a geografia brasileira
recebeu inúmeras outras influências externas (RUA, 1999). Uma delas que in-
fluenciou principalmente o ensino deGeografia noBrasil, foi evidentemente a
França.O exemplo francês “copiado”pelas elites políticas brasileiras teria como
objetivo forneceruma supostaorganização anossa educação escolar, sobretudo,
ao ensinode geografia. No entanto, “parecemuito estranhopara uma aprendi-
zagem que deveria, segundo afirmam contribuir, desde sua implementação em
nossos currículos, com a construção da
pátria brasileira
”. É neste sentido, que
constatamos uma forte influência domodelo francês de geografia escolar des-