Anais VII Fórum NEPEG de Formação de Professores de Geografia - page 315

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A ideia que a escola regular seja o lugar da simples repetição acrítica dos
conteúdos de forma reduzida da produção acadêmica é um pensamento ainda
hojemuito comum e com significativa força, tanto nas discussões acadêmicas,
quantonasprópriasescolaspúblicasdeensinobásico, com issooprofessoracaba
emcontribuirparadepreciaçãodosconteúdosporeleensinados, em favordeum
conhecimento superior
proferidopela academia.
Neste sentido,Vesentini (2004)alertaparaessaquestão,paraoautorcabe
ressaltarqueageografiacríticaescolar– istoé, aquelapraticadanos ensinos fun-
damental emédio – possui e sempre possuiu uma dinâmica própria e relativa-
mente independenteda suavertente acadêmica.
Nopresente trabalho apresentamos algumas considerações a respeitoda
Geografia Escolar no território brasileiro, neste percurso procurou-se compre-
endera trajetóriadessadisciplinanocontextobrasileiroantesmesmoda sua ins-
titucionalizaçãonas escolas de educação básica. Visualizamos ao términodeste
diálogoalguns impactosda sua institucionalizaçãocomodisciplinanaeducação
básica, principalmentenamaneiradepensaroespaçogeográficoeos sujeitosem
sociedade, perfazendouma leitura críticadestas relações.
Consideraçõesfinais
OentendimentoepistemológicodaGeografiaescolar torna-se importan-
te na compreensão daGeografia contemporânea e os desafios que fazem parte
donosso tempo.
Notadamente sobre cidadania “a primeira questão a ser considerada diz
respeito ao que se pretende com a escola e, no caso, com o ensino deGeogra-
fia” (CALLAI, 2001, p. 136). Ou seja, se por um lado, “o sistema escola vive
mais uma vez – só que em ritmos bemmais acelerado – uma fase de profun-
das reestruturações e, no seubojo, o ensinodegeografia sofrequestionamentos”
(VESENTINI, 2004, p. 220). Neste contexto histórico, “em primeiro lugar, é
preciso reafirmar esta instituição comumadas agências destinadas apropiciar a
formaçãohumana” (CAVALCANTI, 1998, p. 124).
Além disso, é possível considerar que, á proporção que a Geografia vai
sendo construída vai-sedescortinando tambémnovos desafios queprecisam ser
respondidos (ANDRADE, 1999).Éum
eterno fluxo
quenão seencerraporque
a construção implica emumapermanente (re)construção.
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