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| ANAIS - VII FórumNEPEGde Formaçãode Professores deGeografia
Deoutromodo, umaGeografiaque expliquede forma concreta as trans-
formações no e do espaço geográfico de maneira crítica e politizada. Pois, “os
métodos e as teorias da Geografia Tradicional tornaram-se insuficientes para
apreender a complexidadedo espaço.A simplesdescrição tornou-se insuficiente
comométodo” (BRASIL, 1998, p. 21). Surgindo, necessidades de abordagens
que convergissemparauma análise espacial críticada realidade.
AGeografia crítica traz uma série de simbolismos e possibilidades que
irão alterar a formadepensar e agiro espaçogeográfico. SegundoPessoa (2007,
p. 62) “a(s) geografia(s) crítica(s), no seu cerne não apenas procurou subjugar
as geografias clássica, moderna e pragmática, mas fundamentalmente essa nova
correntebuscou seenvolvercom temasnovos”.Logo, representa seresseummo-
vimentode ruptura, umdivisor de ideias, influenciandonovas gerações dopen-
samentogeográfico.
Neste aspecto, abre-se a expectativa de um contexto de prática de cida-
dania no Brasil, é nesse movimento que o tema desenvolve-se como discussão
formal, e irá influenciar fundamentalmente omodo de pensar, de ser e agir na
sociedade e sobremaneira a própria importância e significado, neste panorama
reabertopela redemocratizaçãodoBrasil.
Vesentini (2004) chama atençãopara o seguinte fato, segundo ele a geo-
grafia não se iniciou e nem se desenvolveu “nos estudos ou teses universitários”.
Ela se desenvolveu, a partir em especial dos anos 70, nas escolas denível funda-
mental (5ª a8ª) eprincipalmenteno ensinomédio.
O autor enfatizaque:
A geografia crítica noBrasil, portanto, iniciou-se com um esforço por parte de
alguns docentes de superar (o que não significa abandonar totalmente) a sua
tradição, a sua formação universitária, aquilo que as universidades diziam que
“deveriam ser ensinado”. (VESENTINI, 2004, p. 229)
Aindanesse contexto:
A(s) geografia(s) crítica(s) escolar, ou seja, aquela proferida nas escolas de ensi-
no básico deteve em todo o tempo uma forma própria e uma certa autonomia
em relação àgeografiaproduzidana academia, é essencial ressaltar tal afirmação,
vistoque, emgeral, secompreende, atémesmopor faltadeumdebatemais siste-
mático sobreo tema, queoensinodegeografiapraticadonosníveis fundamental
emédio éapenasumamera e simples repetição simplificadadoque seproduzna
academia. (PESSOA, 2007, p. 65)