Anais VII Fórum NEPEG de Formação de Professores de Geografia - page 302

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nadosmomentos, casonecessário, para odesempenhoda funçãode escolarizar,
estabelecer uma proximidademaior como estudante, ouvi-lo, dialogar sobre as
coisas domundo e da vida. Nunca se esquecendo do objetivo de seu trabalho.
Ou corre-se o risco de procurar desempenhar uma função para a qual não tem
formação, eque, portanto, não éde sua alçada, esquecendo-sede cuidar efetiva-
mentedoprocessode ensino-aprendizagem.
A escola que procura abraçar omundo, tomar para si responsabilidades
que não lhes são pertinentes, fatalmente não realizará a contento sua função.
O professor que busca desenvolver atividades as quais não se situam no leque
de atribuições de sua profissão pode incorrer no erro de descuidar do que efe-
tivamente deveria fazer, que é ensinar. Essa situaçãoda prática pedagógica recai
diretamentena imprecisãoda identidadedoprofessore, por tabela, naprofissio-
nalizaçãodocente.
Para Libâneo (2012), nas três últimas décadas, a escola pública brasileira
sofre um incessante declíniode qualidade; oque está intimamente associadopor
um lado às políticas educacionais de cunho neoliberal para os países em desen-
volvimento e, poroutro, aos traçosda escoladualista.O autor salientaqueháum
agravamento na dualidade da instituição, caracterizada como uma escola do co-
nhecimentoparaosricosecomoumaescoladoacolhimentosocialparaospobres.
Aescoladoacolhimentoéaquelaque funcionaquasecomoum“depósito
de crianças e jovens”. Representa um lugar seguro para eles, enquanto os pais
ou responsáveis estão no trabalho. Ao que parece, é a escola da sociabilidade e
quepouco sepreocupacomoconhecimento.Asdemandas lançadas àescola são
tantas que o efetivo trabalho de escolarizar fica relegado a um segundo plano.
Esquece-sedeque, assim comoo lugar da vida, a escola é, antes de tudo, o lugar
deaprendizagem. Imaginoque isso sejaalgoque se tornoubastantecomum,pois
os professores esbarram em graves problemas situados nas instâncias da prática,
formação eprofissionalização.
Aqui, partimos da premissa de que a escola é lugar localizadono seioda
sociedade. Como salienta Gonçalvez (2006), é impossível pensar a educação
comoumacategoriaautônomae separadadasoutras realidades sociaisorganiza-
cionais ehumanas. Portanto, essa instituição torna-se atravessadapelos elemen-
tos e fenômenos que recortamo corpo social noqual está inserida.Nesse senti-
do, os elementos que figuram, por exemplo no espaço urbano/metropolitano,
aparecem tambémna escola.
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