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existência: avidaeconômica, avidacultural, as relações interpessoais eaprópria
subjetividade.” (SANTOS, 2001, p. 142-143).
No tocante a subjetividade contemporânea, Pelbart (2000) afirmaque as
fronteiras entre as instituições sãodiluídas, tudo é escola, tudo é família, tudo é
fábrica, demodoque tudopode ser comprado,mesmo avida, atéo tempo. Para
oautora lógicado sistema segeneraliza, alcança tudoe todos, somosnos tempos
atuais “prisioneiros a céu aberto”.
Entendemos que a escola e seus sujeitos sãoprodutoshistóricos e sociais.
Ou seja, por estarem enfeixados do elementos do mundo, acompanham seu
movimento. São produtos da dinâmica social no tempo e no espaço. Dito isso,
emerge a seguinte questão: qual é a realidade contemporânea da escola e dos
sujeitosque a constituem?
Omundo hodierno, aligeirado, rápido, veloz, mutável, plástico, flexível
alcança a escola – instituição de tradição secular. Ao que parece, ela não tem
acompanhado,
pari passu,
omovimento domundo, até porque o peso de sua
cultura institucional imprime um ritmo mais lento do que as transformações
ocorridas na sociedade.Oquenãoquer dizer, demodo algum, que a escolanão
estabelecedensas ligações comocontextoexterno.Mas apenasqueos elementos
e fenômenosmais contemporâneos da sociedade tardam um pouco para aden-
trar completamentena escola.
Porestaremmergulhadosnaculturaescolar,por falarem/representarema
instituiçãoprofessores, toda a gestãoda escola, assim comoos demais funcioná-
rios apresentamdificuldadesparaacompanhar e seguir ladoa ladoomovimento
social. Esse sãoproduzidos eprodutoresdo espaço escolar.
No cenárioorquestradopela voracidadeda lógica contemporâneado ca-
pital,queabremercadosemdiversosestratosda sociedade,queadespeitododis-
cursopoliticamente corretodilapida o ambiente, não respeita a diversidade hu-
manaetc., emergeaescola transbordante.Aquelaqueacabapor assumir funções
que não estão diretamente vinculadas à questão da escolarização. “Os sonhos
desmedidos da educação integral favoreceram a emergência daquilo que tenho
designado por ‘escola transbordante’, exorbitante e sufocada por um excesso de
missões.” (Nóvoa, 2010, p. 33)
Imaginamos ser imprescindível ter emmente que a supervalorização da
escola, em termosdediscurso, criauma indefiniçãode sua função.Ocertoéque
a escola nãodeve ser responsável por resolver todos os problemas da sociedade.
Oprofessor temuma funçãodefinidanoespaçoescolar,não sendopossível fazer
papel de pai, assistente social, psicólogo... Ele, em seu labor, pode, emdetermi-
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