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as do tipo preventivas, quando a sociedade convive com o rio e adotamedidas
preventivas como o zoneamento das áreas de risco, sistema de alerta e seguros.
Deacordo comTucci (1995) a solução ideal deve serdefinidaapartirdaanálise
das característicasdo rioedabaciahidrográficaaqual elepertence, dobeneficio
da reduçãodas enchentes, dos aspetos sociais edos impactos causados pelopro-
cedimento escolhido.
Tucci (1995, p. 23) salientaaindaquenoBrasil nãohánenhumapolítica
de tratamento e controledas enchentes, que envolvaos seus diferentes aspectos,
oque predomina são ações isoladas em algumas cidades, sendoque em geral, o
atendimentoaasáreasde risco sóaconteceapósaocorrênciadeumaenchente, e
seuma áreade riscopassapor umprolongadoperíodode seca, as preocupações
são esquecidas até apróxima chuva.
Nessa perspectiva, para que o ensino da temática “impactos ambientais”
realmente contribua para uma formação e uma prática cidadã, é necessário de-
senvolverumprocessoeducativoquepermitaos alunos relacionar eproblemati-
zar os diversos elementos que interagem emuma bacia hidrográfica e que estão
relacionados aos impactos ambientais sejam eles deorigem físico-naturais (rele-
vo, clima...)ouantrópicas (sociais, econômicas...).Maisdoque isso, oaluno tem
que sercapaz, apósumaaula sobreessa temática,dereconhecerem seucotidiano
os problemas ambientais estudados, as suas causas e como elepode intervirpara
que a realidade observada semodifique. Pois, afinalidade daGeografiaEscolar,
assentada emumaperspectiva cidadã, é
fornecer instrumentosparaqueos alunos exerçam suacidadania.Aquestão cen-
tral parao encaminhamentodo ensino commais qualidade épossibilitar queos
alunos, fundamentados num sólido aparato teórico-conceitual, posicionem-se
anteosproblemas que enfrentamno seu cotidiano, sejano trabalho, em casa, na
escolaou emoutros espaçosque frequentam. (MORAIS, 2011, p. 197).
O propósito disso, como salienta Cavalcanti (2013), não é transformar
os alunos em agentes genéricos do ambiente, “com igual responsabilidade nos
resultados das ações, como se todos fossem iguais” (p. 53), mas “construir com
os alunos [...] uma ética ambiental que oriente práticas democráticas, solidárias
e respeitosas como ambiente construído” (p. 53). Práticas essas que sejam capa-
zes de auxiliar os alunos a se perceberem como agentes atuantes e responsáveis
pelaconstruçãodoambiente, tendocadaumpontosdevistae responsabilidades
específicas.
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