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p. 65) e
Perenes
que são aqueles “cursos que drenam água no decorrer do ano
todo” (CRISTOFOLETTI, 1980, p. 65).
EmGoiânia, os cursos d’água sãoperenes.Oqueobservamos, em alguns
cursos d’água, é adiminuiçãodovolumede águanodecorrerdo ano, sendoque
omomentodemaior vazãoocorrenoperíododas chuvas tendo seu volume re-
duzido drasticamente durante a seca. Conforme salientaChristofoletti (1980,
p. 66), essa variação do nível das águas é causada por inúmeros fatores, como
por exemplo, regime de precipitações, condições de infiltração, drenagem sub-
terrânea, entre outras. Os aspectos apresentados por Christofoletti reforçam a
necessidadede compreender abaciahidrográfica em suavisão tridimensional
.
Em relação aofluxode águadeum canal fluvial esse autor afirmaque ele
pode ser laminar ou turbulento. O fluxo de água laminar é aquele que “a água
escoa ao longo do canal reto, suave, a baixas velocidades, fluindo em camadas
paralelasacomodadasumas sobreasoutras.” (CRISTOFOLETTI,1980,p.66).
Ofluxode água turbulento é “caracterizadopor uma variedade demovimentos
caóticos, heterogêneos, commuitas correntes secundárias contrárias ao fluxo
principal para a jusante.” (CRISTOFOLETTI, 1980, p. 66). Para esse autor os
fatores que influenciam no fluxo do canal são a viscosidade e a densidade do
fluído, aprofundidadedaáguaea rugosidadeda superfíciedocanal.ParaChris-
tofoletti (1980) o fluxo laminar não é encontrado em cursos d’água naturais,
sendomais comum, a ocorrência dofluxo turbulento, que pode ser corrente ou
encachoeiradodependendodavelocidadedocanal, sendoqueemumavelocida-
demenorofluxo turbulento é considerado corrente e emumavelocidademaior
encachoeirado.Outra constataçãopresentena obradeChristofoletti é ade que
quantomais turbulento foro canal fluvialmaior será a sua capacidadede erodir.
EmGoiânia percebemos a presença, na maioria dos canais fluviais, de
umfluxo turbulentonamodalidadecorrente, umadas exceções encontradas são
alguns cursos d’água na porçãoNorte- nordeste de Goiânia, região em que se
predomina o PlanaltoDissecado deGoiânia (CASSETI, 1992), que por ter o
relevomais irregular aumenta a rugosidade dos canais fluviais proporcionando
o aumentodavelocidade e aocorrênciadeumfluxo turbulento encachoeirado.
De acordo comChristofoletti (1980, p. 67), a velocidade da água nos
cursos d’água variade cursopara curso e atémesmo emummesmo cursod’água
e,de formageral, comalgumasvariações, “apartedemaiorvelocidade localiza-se
abaixodonível superficial, enquantoasdemenor situam-sepróximas àsparedes
laterais e ao fundo”. Para este autor a “turbulência e a velocidade estão intima-
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