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Desenvolvendo esse raciocínio, Machado (2001) corrobora comVieira
(2006) e falamda formaçãodeprofessores daEJA. Para as autoras, as pesquisas
apontam que um dos entraves das experiências educativas são a precarização e
a ausência de uma política nacional de formação docente. Portanto, se faz ne-
cessáriouma preparação específica para os professores que atuam emEJA.Nes-
ses termos, Vieira (2006) afirma que a EJA conglomera um conjunto amplo e
heterogêneode experimentos educativos que possuem formatos emodalidades
diversas, compreendendo ações escolares e não-escolares. Para a autora, a EJA
possui matizes ricos e propósitos múltiplos, ocorrendo pormeio de iniciativas
governamentaisenãogovernamentais.Noque serefereaopúblicoqueasexperi-
ências eprogramasque compõem essamodalidade educativanaAméricaLatina
visamatender,naperspectivaRivero (1998), se tratadeumpúblicodiferenciado
compostopor núcleos camponeses e indígenas, operários e trabalhadores infor-
mais, docentes e agentes sociais, sindicalistas, empresários, profissionais, pais de
família, pessoasda terceira idade, grêmios emilitantespartidários.
Nessa perspectiva, Vieira (2006) corroborando com Fávero; Rumert
(1999), falamda formaçãodosprofessoresdeEJAedecomoo jovemeoadulto
que frequentam essamodalidadede ensino sãovistos. Para esses autores:
[...] a ausência de preocupação com a formação de professores de EJA, possui
raízeshistóricaserelaciona-seaumconjuntoderepresentaçõesarraigadasnacul-
tura, que perpassa a educação e outras práticas sociais. Dentre essas representa-
ções há aquelas que inspirammuitas práticas deEJA, concebendo-a como “algo
a ser adaptado, oumesmo reproduzido a partir das ações desenvolvidas junto à
população infantil”.Nessaconcepçãoo jovemeoadultocomnenhumaoupouca
escolarização são vistos como “alguém que deixou de cumprir, por deficiências
próprias, a tarefaque lhe cabiana infância: estudar” (p. 135-136).
Assim sendo, esses autores ainda enfatizam que, como consequência
desses fatos, as práticas pedagógicas da EJA são infantilizadas, sendo o jovem
e o adulto, em certamedida, imaginados e abordados como “crianças grandes”,
“marmanjos”quenão aprenderamna “idade apropriada”.
OensinodegeografianaEJA
Albring(2006)relataqueopapeldaeducaçãonaatualidade, éodeprepa-
rar alunos ealunasparaavidacomoum todo, nãoapenasparao trabalho, como
ocorriano séculopassado. Para essa autora, vivemos inclusos emuma sociedade
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