Anais VII Fórum NEPEG de Formação de Professores de Geografia - page 510

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[...]encararapráticaeducativacomo realizadapor sujeitos, agentes,que são indi-
viduaise sociais, e,nesse sentido, entenderqueeles são teoriaeprática,quevivem
essaarticulaçãonãoapenas racionalmente,mas tambémafetivaecorporalmente.
Essasdimensões, assim, revelam suacomplexidade,ficandoexplicitaa impossibi-
lidadedequeuma seja a adequaçãodaoutra [...]”.
Quantoaos lugaresde formação, entendemosquepodem ser vários edis-
tintos, tanto as universidades, e seus vários programas e atividades de formação;
como também, os centrosde formaçãodas secretárias eunidadesdeensino;bem
como a própria escola, com sua dinâmica própria, sua cotidianidade e dentro
delaapráticadocente, emqueoprofessor secolocaemplenoexercíciodadocên-
cia, estabelecendoummovimentodialético formador e formativonomomento
da sua relação com seuspares, alunos e toda a comunidade escolar.
ParaCavalcanti (2003, p. 196), a escola é um lugar importante na cons-
truçãoda identidade profissional: “[...] experiênciano cotidianoda escola é um
dos instrumentosparaacompreensãoda formaçãodoprofessor, jáque sua iden-
tidade é também construída e reconstruídanesse espaço”.
Como instrumentos compreendem-se todas as ferramentas que estão à
disposição, são elaboradas, ou ainda, adaptadas por estes professores, e que ser-
vem de auxiliares ao processo de ensino-aprendizagem, podendo ser: o livro
didático, a internet, estudo individual, a prática docente, livros paradidáticos,
materiais e atividades elaboradas, os jogos e seusdiversosusos, etc.
Sobre a inegável apresença e amassivautilizaçãodos livros didáticos por
parte dos professores de geografia das escolas de nível fundamental emédiode
todopaís, verifica-sequeesteprocesso teve inicionosanosde1970, coma toma-
dadepoderpeloGovernoMilitar, eque foi impulsionadonasdécadas seguintes,
se tornando nos dias de hoje o principal referencial para o ensino na educação
básicabrasileira. (D’Avila, 2008)
SegundooFundoNacional deDesenvolvimentodaEducação (FNDE),
em2012, o governo investiuR$1.326,50bilhões na compra, avaliação e distri-
buição de 160milhões de livros didáticos. Estes dados possibilitam compreen-
dero impressionantevolumedeste instrumentoquecirculaanualmentenopaís.
Ainda sobreoLivroDidático, desconfiamos também, dodiscurso recor-
rente sobreos problemas dautilizaçãodo livrodidáticoque tem sustentadoboa
parte das discussões sobre o tema. Sendo visto sempre comouma obra descon-
textualizada, fragmentária, reprodutivista, engessada, acrítica, etc., ouainda, res-
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