Anais VII Fórum NEPEG de Formação de Professores de Geografia - page 123

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gostariam que fosse, caindo em uma “cilada do imaginário”, relacionando tudo
com tudo, dentrodomundoqueo cerca.
Bosi (2004p.435) comenta sobreo espaçona infância.
O espaçodaprimeira infânciapodenão transpor os limites da casamaterna, do
quintal, deumpedaçode rua, dobairro. Seuespaçonospareceenorme, cheiode
possibilidades de aventura.A janelaquedáum estreito canteiro abre-separaum
jardimde sonho, ovão embaixoda escada éuma cavernaparaosdiasde chuva.
O espaço para a criança não é um conjunto de formas geométricas. O
espaçoéalgodeoportunidadesde imaginações e interpretações.Naprimeira in-
fância a criança se insere comoorganizador e autordo espaço.Os adultos racio-
nalizamoespaçodacriançana intençãodeprepará-losparaavida,passando suas
impressões.Namedidaemqueentramemoutros grupos seusobjetivosmudam.
Assimo espaço temoutrosobjetivos, logo, outras impressões.
Norá (1993) falaque existe anecessidadedos “lugares dememória” com
o intuitodenãoperder a sua indentidadedianteo fenômenodemundialização.
Para isso, há a contraposição entrememória ehistória.História está relacionada
ao resgate oficial dodiscursode uma nação– razão– enquanto amemória está
ligada a particularidades de nosso passado – emoção. Sendo necessário que se-
jamos historiadores denossamemória.Os lugares simbólicos particulares anós
ou ao grupo nos permitem lembrar a nossa história. Assim dizNorá (1993, p.
9) “amemória se enraíza no concreto, no espaço, na imagem, no objeto”. Con-
siderando amultiplicidadede interpretações do espaçopossível pelamemória e
esquecimento, os significados atribuídos aos locais, podem serúnicos.
Discussão
Esse trabalho considera a existência de aproximações entre a cartografia,
comprometida com aspectos sociais, por essemotivo e crítica, amemória, o es-
quecimento eo espaçogeográfico.
Dentroda literaturacartográfica, autorescomoHarley (2005), Seemamn
(2006) e (2012), Girardi (2012),Holzer eHolzer (2005) eOliveira Jr. (2012),
utilizando referenciais distintos, consideramomapa comoprodução social, en-
tendendo-os como formas de expressão do mundo, produzidos em contextos
particulares.
Amemóriaeoesquecimentoconstruídoscoletivamentepermeiamas im-
pressões que os alunos têm do espaço. Nesse sentido, as manifestações sobre o
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