VII FórumNEPEGde Formaçãode Professores deGeografia - ANAIS |
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atrapalhaoaluno,porqueodeixacomoobjetodeensinoe instrução.Viratreina-
mento. Éequívoco fantástico imaginarqueocontato “pedagógico” seestabeleça
em ambiente de repasse e cópia, ou na relação aviltada de um sujeito copiado
(professor, no fundo tambémobjeto, se apenas ensina a copia)diantedeumob-
jeto apenas receptivo (aluno), condenado a escutar aulas, tomar notas, e fazer
provas.Aaulacopiadanãoconstróinadadedistintivo, epor issonãoeducamais
doque fofoca, aconversafiadadosvizinhos,obate-paponuma festinhaanimada.
Tem-se ai, apartirdessas críticas uma formaçãodeficientedoprofessor e,
posteriormente, doaluno.Diantedessesproblemasque repercutiramnoproces-
so ensino-aprendizagem, impossibilitou-se que os conhecimentos mobilizados
pelos docentes sejam coerentes com a formação cidadã e libertadorados alunos.
Nessacircunstância, seháde seaprenderecomo sedeveensinar,o focodaapren-
dizagem recorre-se em consonância comométododialético.
Para que possa romper como ensinoda geografia positivista nas escolas,
énecessáriopensar, primeiramente, nas dificuldadesda formaçãodeprofessores
noBrasil.Diante da complexidade do fenômeno educativonuma sociedade ca-
pitalista onde estão inseridos os profissionais do ensino, Pimenta (2012) aposta
na formação inicial e continuada de docentes. Os profissionais que atuam no
mercadode trabalhonãopodem simplesmente ser apenas um técnico reprodu-
torde conhecimento.Outroproblema apontadopela autora (2012) sãoos está-
gios desenvolvidos para promover o aprimoramento do profissional do ensino,
quemuitas vezes, estão distanciados da realidade escolar, e consequentemente,
descompromissados em construir saberes destinado a superar as desigualdades
sociais.Contudo, é importantedestacaros saberesdocentes adquiridos ao longo
da carreira profissional para que durante os estágios de formação, estes conhe-
cimentos possam ser transformados em ações que apoiem as práticas sociais a
serviçoda comunidade, davida, edeuma cidadaniaparticipativa eparticipante.
Marcelo (1998) ressaltaquedevemos construir saberes apartirdo conhecimen-
toque oprofessor jápossui.Destamaneira, espera-se valorizar o conhecimento
acumulado à experiência dos docentes (Tardiff, 2002) quando estesmobilizam
os conteúdos de ensino.O educador (2002) lembra que é fundamental investir
nos saberes docentes como um fio condutor na pesquisa-ensino. Desenvolver
pesquisas sobre os fundamentos teóricos emetodológicos da formação de do-
centes tem sido alertadopor esses autores.
É necessário também avançar nas práticas de ensino dos conteúdos es-
pecíficos de geografia associado aométododialético. Criar situações no ensino
críticoque levemoseducandosacompreenderas incoerênciasdeuma sociedade