Anais VII Fórum NEPEG de Formação de Professores de Geografia - page 466

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analise é alto grau de ocorrência dos riscos ambientais em fundos de vale. Esta
unidade de análise do relevo é típica de áleasmorfodinâmicas ehidrológicas de
grandepossibilidadedecheiaou inundação
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(IBIDEM,2007).Estapesquisado-
ra afirma que o crescimento das cidades agravam os riscos, principalmente nos
países emdesenvolvimentoque passarampor uma intensa urbanização. Ibidem
(2007, p. 89) analisa apobrezamediante aos três fatoresde riscos:
[...] ela força a pessoa a viveremnas zonasmenos caras, masmais perigosas; ela
domina as preocupações cotidianas das pessoas que não temos recursos econô-
micos e nem tempode preservar omeio ambiente; ela força odesbravamento e
odesflorestamentopara atender àsnecessidadesde aquecimento e alimentação.
Portanto, reforçar nas escolas estes temas de forma contextualizada,
torna-se obrigação. Sequisermos estabelecer políticas eficazes deprevençãodos
riscos umdos caminhos é através da educação.Umbom exemplodisso está em
uma pesquisa realizada na cidade de Ibagué naColômbia por (THOURET e
LAFORGE apud IBDEM, 2007, p. 96-97).Assim eles concluíram:
[...] Um estudo estatístico permitiu colocar em evidência uma boa correlação
entre altitude em relação ao talvegue, a distância do rio, a qualidade dobairro e
a consciência do risco. Apopulaçãomais pobre que vive pertodo riopercebe o
risco,masnão compreendeo tipode áleaounão consegue avaliar o graude gra-
vidade.Os citadinosquevivemnosbairrosmaisdistantesdocanal perigoso, que
dispõem de ummelhor nível de vida, demandam a informação, mas mostram
uma consciência limitada. Em suma, existenesses bairros umhiato entre a cons-
ciência doperigo e o conhecimentodo risco.
Umprogramadeprevenção fun-
dadonaeducaçãodesdeamaistenra idadedeveatacaressehiato
(grifonosso).
Por outro lado, os problemas com riscos ambientais em fundos de vale
não são, geralmente, temas escolhidos em primeira estância nos livros didáti-
cos.Metodologicamente os autores que produzem essesmateriais pedagógicos
não optam pela escala local, isto é, o vivido pelo sujeito. Conforme os estudos
apontados por Roque Ascensão (2009) sobre os conhecimentos mobilizados
pelos geógrafosquando trabalhamoconteúdodo relevonos anosfinaisdoensi-
no fundamental, concluiuquenãohouvemudanças significativasnas propostas
2. Para ibdem (2007, p. 64) acheiaédefinidapelaaltadaságuas, quepodempermanecerno leitomenordocurso
d’água. Apartir domomentoqueestenãoémais capazdeconter oescoamento, aágua transbordae seespalha
pelo leitomaior, provocandouma inundação. Podehaver, portantouma cheia sem inundação.
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