Anais VII Fórum NEPEG de Formação de Professores de Geografia - page 476

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ciedades em geral. Os homens “vivem”, aomesmo tempo, o processo territorial
e oproduto territorial por intermédiode um sistema de relações existenciais ou
produtivas. Quer se trate de relações existenciais e/ou produtivistas, todas são
relações de poder, vistoque entre os atores que procurammodificar tanto as re-
lações com anatureza como as relações sociais.Os atores sem sedar contadisso,
se automodificam também. O poder é inevitável e, de modo algum, inocente.
Enfim, é impossívelmanteruma relaçãoquenão sejamarcadapor ele.
A partir daí podemos observar que não é apenas o território físico que
pode sofrer ameaças, a territorialidade também é uma questão estratégica e ne-
cessita ser resguardada de ideologias de países dominantes que procuram cons-
truirumaculturadiferentedaculturanacional.Enestecasoo livrodidático tem
umpapel fundamental na organizaçãodas idéias para fortalecer a culturabrasi-
leira e “impedir”que influências estrangeirasdominemnossos alunos.
Umpaísprecisaestarbempreparadomilitarmenteparapoderexercer sua
soberania. Um país, por exemplo, que não possui armamentos potentes como
bomba atômica, está subordinado a países dominantes. Um exemplo disso é o
grau de interferência que os Estados Unidos exercem nos países capitalistas. E
paraqueanaçãobrasileirapossa ter consciênciadessanecessidade, ou seja, dessa
preparação é preciso que ela esteja preparada ideologicamente, e isso é possível
ser feitopormeioda escola utilizando o livrodidáticoparamostrar aos alunos
a importânciadapreparaçãobélicaparaopaís.Nãoque estejamos fazendo apo-
logia a guerra e a violência, pelo contrário estamos simplesmente enfatizando a
importânciadopaís exercer sua soberania externa.
Ainda como aspecto negativo vale ressaltar que nos capítulos relaciona-
dos ao Brasil, os autores não enfatizaram as questões geopolíticas, mostrando
apenas como foram feitas as divisões territoriais, deixandode explicar que essas
divisõesnão foram feitasporacaso,massimporquestõesestratégicas.A localiza-
çãodacapitalbrasileira tambéméestratégicaMyamoto(1995,p.53)afirmaque,
Adivisão territorial, a localizaçãoda capital federal, tudo isso foi discutidoden-
trodamesma ótica, e as soluções apresentadas objetivam sempre umúnicofim:
solidificar a unidade nacional evitando os regionalismos, diminuir o poder dos
estados e subordiná-los ao centronervoso.
A transferênciada capital nacional litoral dopaís, por exemplo, foi e ain-
da pode ser uma estratégia, preventiva no casode algum ataque, a soberania do
Estadobrasileiro.questões como está é relevantepara a formaçãodo aluno ede-
veriam estar explicitas emum livrodidático.
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