Anais VII Fórum NEPEG de Formação de Professores de Geografia - page 465

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elementos significativos do cotidiano. Souza (2011, p. 60) afirmaque “um ensi-
no eficaz é aqueleque cumpre com a função escolarna formaçãodo cidadão au-
tônomo e crítico capazde superarosproblemasque afligem a sociedade atual”.
Na estruturaçãodos conceitos e na formaçãode um raciocínio geográfico, a ci-
dade e os processos físico-naturais não podem ser dissociados. Sendo assim, há
de sedesenvolver umamentalidadeholísticadomeio ambienteurbanodurante
oprocesso ensino-aprendizagemparaos educandos.
O intuitodeste presente tópico é propor umametodologia de ensinona
geografia escolar que contemple elementos do cotidianono contextohistórico-
-social dos sujeitos.Nestecaso, reconhece-seassim, umaoportunidade imparde
estabelecer conhecimentos relativos ao conteúdode relevo e seus processos na-
turaise sociais integrados.Namedidaemqueo fenômenodaurbanização se ins-
tala de forma contraditória nos fundos de vale urbanos é fundamental, primei-
ramente, propor o conceitode paisagem como ferramenta de contato imediato
das dimensões visíveis presentes na organização espacial. Enquanto a categoria
central de análise do relevo, a paisagem pode ser entendida enquanto forma e
processos de representação dialética das amplas relações sociedade e natureza
tendo,
a priori
, o focoda ação antrópica em áreasde fundosdevale.
Os fundosdevales são representações espaciaisdeumadeterminadauni-
dadede relevocaracterizadapelapresençadecursosd’águasqueganhamvolume
emperíodos de chuvas. Entretanto, com aocupaçãourbana, estas calhas são ca-
nalizadasemuitasvezesocultadaspelapavimentação.Comapresençadehabita-
ções irregularesnesses vales, apopulação torna-se vulnerável a riscos ambientais
e problemas de saúde. O lixo (material tecnogênico), determinantemente, pela
açãoda gravidade vai acumularno leitomenordadrenagem epode comprome-
ter todoperímetro ao longodoperfil longitudinal dos córregos, ribeirões e rios
presentes em áreasurbanizadas.
Como apopulação sobrevivemediante a tanta inundações edeslizamen-
tos de encostas?Damesma forma, há de se questionar o custoonerosoda terra
urbana que transforma, consequentemente, a pobreza como um fator de risco
iminente (VEYRET, 2007). Entretanto, necessita-se esclarecerque a escolhado
conceito risco ambientais está no fato de todo “risco é uma construção social”
(IBIDEM, 2007). Portanto, o risco é objeto social de investigação e se inscreve
emumdado contexto social, econômico e cultural. Em segundo lugar os riscos
resultamda combinação entre os riscos naturais e os riscos decorrentes de pro-
cessosnaturais agravadospelaatividadehumana.Outropontoa secolocarnesta
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