Anais VII Fórum NEPEG de Formação de Professores de Geografia - page 196

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forado sistema formal de ensino, geralmenteoferecidapara grupos e subgrupos
dapopulação(LABELLE,1982).OutracaracterísticadaEducaçãoNãoFormal
éque ela se encontrademaneiramais difusa emenos burocráticaouverticaliza-
da, proporcionandomaior interação entre comunidade, cultura, prática social e
construçãodo conhecimento.
Baseadonestes contextos oprocesso educativopode-se tornar único, ou
seja, integralizado, a partir da perspectiva do uso de diversos locais de convi-
vência no ensino, pois os princípios e as intencionalidades destes novos espa-
ços seriam asmesmas, tantopara a abordagem formal quantonão formal.Ghon
(1999) defende que a EducaçãoNãoFormal designa umprocessode formação
paraacidadania,decapacitaçãoparao trabalhoedaorganizaçãodacomunidade
para a construçãodos conhecimentos escolares em ambientesdiferenciados. Se-
gundoamesmaautoraelaé facilmenteassociadaamovimentosdeeducaçãopo-
pular, ondenosúltimos anosouveumaexpansão impressionante, sobodiscurso
deofereceruma “educaçãoparao longoda vida”–discurso esteproposto como
conceitodesta formade educaçãopelaUNESCO– englobando conhecimento
para obem viver e conviver em sociedade. Éneste aspectoque a geografia apre-
senta elementosquedialogamdiretamente como ensinonão formal.
Pormuito tempogeografiaescolar foi apresentagenericamentecomouma
(re)leitura da realidade, onde predomina em algunsmeios educacionais, como a
tradicional descriçãodos lugares, que resultouna valorizaçãodo elemento visível.
No entantono âmbito acadêmico tem-se propostonovos caminhos e novos ele-
mentos conceituaisparaampliaracontribuição socialdaGeografiaescolar.
Partindo desta nova possibilidade de se trilhar caminhos, a Geografia
Escolar assume a preocupação de ampliar a capacidade crítica do aprendiz em
relação ao espaço que ele ocupa e constrói. Desta forma é necessário pensar e
executar uma prática de ensino que possibilite ao educando dialogar e intera-
gir com o espaço em questão. Neste contexto a EducaçãoNão-Formal poderá
contemplar este objetivo apartir usoda categoria lugar comouma estratégiade
ensinodadisciplina, pois épossível aproximaros conteúdos comocotidianodo
aprendiz, conforme afirmaKozel (1999).
Com essa pratica a realidade pode ser vivenciada como algo concreto, criado e
recriado no cotidiano, tornando significativo o estudo geográfico. Através da
compreensão do espaço local/regional, torna-se muito mais fácil o estudo de
qualquer área doplaneta, pois permite estabelecer analogias a partir de uma ex-
periência vivida, além de aguçar o grau de reflexão. O “fazer geográfico” já não
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