VII FórumNEPEGde Formaçãode Professores deGeografia - ANAIS |
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quete.A interpretaçãodaplantabaixa tátil, aqual édefinidacomorepresentação
em alto relevo de uma pequena porção da superfície terrestre (site LABTATE,
2011), foi realizada, sobretudo, a partir da identificação e comparação entre as
diferençasdesta edamaquete.
A compreensão espacial queos alunos construíramao longodaatividade
foi analisadaatravésdedesenhosqueestes elaboraramdocorredor.Tal proposta
possibilitou analisar a capacidadede representaçãodesses alunos, assim como, a
sistematizaçãode seusmapasmentais acercado lugar trabalhado.
SegundoRocha (2008) os indivíduos tem armazenados em suasmentes
informaçõesespaciais,que sãoorganizadasdeacordocom suasexperiências,per-
cepçõese informações.Considera-sequeas representaçõesdosalunos foram for-
temente influenciadas pelamaquete e planta baixa tátil, demonstrandoque tais
recursos didáticos se constituíram como referências no processo de elaboração
domapamental destes.
Odesenho é entendido aqui comoum sistemade representação, ou seja,
não se configura comouma cópiadeobjetos,masuma interpretaçãodestes feita
atravésda linguagemgráfica (ALMEIDA, 2002).Énecessário ressaltar também
que oprocessode desenhar de deficientes visuais, difere daquele realizados por
videntes, uma vez que os primeiros, geralmente, não são estimulados a tal ativi-
dade.Nesse sentido, não foi estabelecida nenhuma exigência aos desenhos, res-
peitando as formasde representaçãode cada aluno.
Os alunos desenharam a quantidade exata de portas, organizando suas
disposições apartir dasmolduras naparede.Apenas a alunaA, que éportadora
debaixa visão, não representou tais estruturas (figura3), sendo interessante res-
saltarquenaetapadeexploraçãodamaquete, estaalunanãoconseguiu reconhe-
cer asmolduras e afirmounão se lembrardestasno espaço real, identificando-as
somente após a “Visita ao corredor”. A ausência da representaçãodasmolduras
nodesenhopode indicar, quedevidoao fatodepossuir resíduovisual, oqual lhe
permite visualizá-las a determinada distância, estas estruturas pouco interferem
namovimentaçãodesta aluna.
As pilastras foram representadas em três dos quatrodesenhos, sendoque
suas posições em relação às portas estão parcialmente corretas, em todas as re-
presentações as pilastras foram dispostas corretamente em relação às portas do
ladodireito, porém incorretas em relação ao lado esquerdo (adotando-se a esca-
damaior como referência), o que demonstra que tanto a aluna cega quanto os
alunos combaixavisão têmdificuldadesdeapreender adisposiçãodeelementos